quinta-feira, 1 de março de 2012
Exploração da biodiversidade na América latina
A perda, fragmentação e degradação dos habitats naturais estão entre os principais fatores de perda de biodiversidade. Mais de 50% das áreas úmidas do planeta foram perdidas nos últimos 100 anos, principalmente pelo avanço da agricultura. No Rio Grande do Sul, o principal fator é a expansão das lavouras de arroz. Por outro lado, as áreas agrícolas podem contribuir para a conservação de habitats e espécies. Os arrozais podem desempenhar um papel de suplementação dos recursos utilizados por muitas espécies de aves aquáticas, uma vez que são áreas úmidas temporárias. Alguns dos objetivos do projeto são descrever e comparar os padrões de composição e abundância da assembléia de aves aquáticas ao longo do ciclo anual em arrozais e em áreas naturais e analisar o efeito da presença de água nas lavouras de arroz na fase pós-colheita, sobre os padrões de composição e abundância. Foram estudados, na zona costeira do Rio Grande do Sul quatro remanescentes de áreas úmidas, seis arrozais drenados no período pós-colheita e quatro arrozais mantidos com água. Os remanescentes de áreas úmidas apresentaram maior riqueza de espécies que as lavouras de arroz e um padrão de flutuação sazonal diferente do encontrado nas lavouras ao longo do ciclo de cultivo. Entre as lavouras, aquelas mantidas com água no período pós-colheita abrigaram uma maior riqueza e abundância de aves. Os ecossistemas agrícolas são capazes de proteger uma fração expressiva da biodiversidade regional. Além disso, os arrozais não são substitutos dos remanescentes naturais na conservação da biodiversidade e as decisões de manejo das lavouras influenciam a capacidade das áreas agrícolas de conservar a biodiversidade.
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